Treta, do popular brasileiro, significa briga. No gauchês, diríamos peleia. O fato é que o formato das relações muda, mas as pessoinhas seguem com as desavenças pelos mais amplos motivos. Hoje em dia, a treta é digital.
Diziam que a internet era terra sem lei. Mas sequer é terra, então como lidar juridicamente com isso?
Aquela fofoca, antigamente, atingia um número restrito de pessoas. Sempre causou desconforto, mas era quase raro que houvesse alguma repercussão jurídica sobre a questão. Hoje em dia até a fofoca pode ser exponencial. Assim sendo, não é nada incomum que acusações, xingamentos e discussões em geral ganhem os Tribunais e, então, passem a ter reflexos significativos em territórios jurídicos.
Seja na ótica penal - pena de prisão mesmo, para simplificar aqui -, seja na esfera cível, quando alguém vai ter que indenizar outro alguém, a internet definitivamente não é espaço totalmente livre.
A ofensa, seja ela física ou digital, tem repercussão jurídica. Preste atenção, portanto, ao proferir alguma ira naquele dia de mau humor. A repercussão de um tuíte pode ser bem maior que o imaginado. Vindo de alguma pessoa pública ou contra ela sendo direcionada então, cuidado redobrado. Aqueles 280 caracteres de pura raiva podem custar bem caro.
Vivemos momentos de tensão e algumas questões, mesmo que tão tão distantes, podem nos afetar por meio das redes sociais. Temas como homofobia, antissemitismo, injúria racial e tantos outros - de enorme sensibilidade - demandam cautela ao serem abordados.
Repense a treta digital. E nem queremos que isso seja feito só por questões pessoais, psicológicas ou de cunho social. Apenas queremos evitar a perda de tempo e dinheiro que tais fatos podem gerar.
Mas se não conseguir segurar o dedinho e o tuíte aquele bombar com fortes emoções, também podemos te ajudar.
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